A Copa do Mundo mobilizava a todos, mas eu pensava em como criar um projeto de turismo em comunidades pacificadas. Logo, ao recorrer ao site do ministério do turismo, descobri um mundo chamado turismo comunitário que até então não conhecia. Daí a criar um modelo que pudesse ser adotado em comunidades no Rio foi uma questão de alguns meses. Na contramão do negócio do turismo, minha proposta para o governo do estado era a de inclusão dos moradores como empreendedores do turismo. Se deu muito trabalho? Claro que sim, mas atuar na mediação entre setores governamentais e moradores às vezes é mais fácil em relação a estes últimos, que têm menos vaidades e burocracias. No fundo são pessoas que não tiveram oportunidades e que, apesar da violência do tráfico, sobreviveram a tudo. E a partir de 2008, com a pacificação puderam ser descobertas por quem morava fora dela, foi assim com a comunidade Santa Marta, onde esta história começa...E com o lançamento feito pelo presidente Lula, a convite do governador Sérgio Cabral e de minha chefe, a secretária de turismo,esportes e lazer,Márcia Lins.
Este é o meu diário de campo eletrônico. Nele registro minha experiência etnográfica como mestre em antropologia no processo de criação e implantação do projeto de inclusão, através do turismo nas comunidades pacificadas desenvolvido para o governo estadual na secretaria de estado de turismo, esportes e lazer.
Bem vindos à experiência do turismo comunitário!
O turismo é uma atividade privada e um mundo de negócios onde geralmente quem dá as cartas é o poder econômico. Mas desde que o Ministério do Turismo criou o turismo comunitário apoiando estas iniciativas, várias ações aconteceram em todo o país. A experiência na comunidade Santa Marta fo possível graças à pacificação e a este apoio do governo Lula e do novo enfoque criado pelo ministério do turismo com o programa de turismo comunitário